Nossa História
O município de Igaratinga está localizado na fazenda que pertenceu à família dos Mateus. Segundo antigos moradores, a propriedade foi abandonada por eles. Ao saber da informação, o advogado Aristides Milton, de Pará de Minas, procurou pelos herdeiros e descobriu que eles residiam em vários locais do estado. Por consenso, decidiram fazer a divisão da fazenda e foram remunerados com a metade das terras onde ficava o Arraial de Santo Antônio da Pedra, primeiro nome de Igaratinga. Os herdeiros também doaram uma área de 20 alqueires para a construção da Capela de Santo Antônio da Pedra, marcando os limites da atual cidade.
As primeiras famílias que chegaram ao local foram Ferreira Guimarães, Mendes e Ferreira da Silva, que era descendente de escravos.
O Arraial de Santo Antônio da Pedra foi elevado a Distrito pela Lei Provincial nº 882 em 08.06.1858, com o nome de Santo Antônio de São João Acima e passou a ser chamada de Freguesia por força da Lei 3.141 de 18.10.1883, pertencendo ao município de Pará de Minas. Em 1911, a denominação foi alterada para Santo Antônio do Rio São João Acima. Em 1923, pela Lei 843 de 7 de setembro, a longa denominação foi substituída por Igaratinga que, em tupi-guarani, significa “Igara” – pequena embarcação e “Tinga” – branca, alva; portanto, CANOA BRANCA. Foi com essa denominação que o Distrito se desmembrou de Pará de Minas em 28.12.1962, instalando-se município em 01.03.1963.
Até meados de 1920, os meios de comunicação eram precários, feitos por trilhos de cavaleiros, tropas de burros e estradas de carros-de-boi. A primeira estrada, construída no governo Benedito Valadares em 1933, foi de Belo Horizonte ao Triângulo Mineiro, passando por Pará de Minas, Igaratinga e São Gonçalo do Pará. No trecho de Igaratinga a São Gonçalo do Pará, o farmacêutico João Guimarães, ajudou na construção facilitando o acesso a Divinópolis e aí começou a circular o primeiro ônibus vindo de Pará de Minas, passando por São Gonçalo do Pará e seguindo para o Triângulo Mineiro. Também foi instalado o primeiro telefone público, no sobrado do “Nem”, uma das primeiras casas do município.
Na década de 40 foi construída pela Cia Industrial Paraense, no Rio São João, a “Usina dos Britos” que, por volta de 1950, passou a fornecer energia para o Distrito de Santo Antônio do Rio São João Acima, com horário restrito de fornecimento. Tempos depois, ela foi comprada pela Companhia de Tecidos Santanense, de Itaúna. Entre 1965 e 1967, a CEMIG se responsabilizou pelo fornecimento de energia elétrica ao já denominado município de Igaratinga e a operacionalização da prestação de serviços se deu em 25.03.1969.
Religiosidade
Por provisão datada de 6 de abril de 1754, foi erigida na paragem de São João Acima, filial de Pitangui, uma capela em honra a Santo Antônio. Esse foi o embrião da futura Paróquia de Igaratinga.
Naquela época, a elevação à categoria de Freguesia implicava na criação automática da paróquia, mas para que isso se tornasse realidade era necessário que a comunidade oferecesse um templo com todo o material necessário ao culto e uma casa paroquial em ordem. Mas como isso não foi possível, a lei perdeu validade a exemplo do que aconteceu em Carmo da Mata. Já São Joaquim de Bicas viveu situação diferente e logo depois inaugurou a paróquia, com vários sacerdotes atendendo no lugar como capelões. O primeiro de que se tem notícia foi o Pe. José Joaquim Ferreira Guimarães (l869 a 1883). Vieram em seguida: Pe. João Batista de Laurentis (1883 a 1905); Pe. Silvestre Pereira (1905 a 1906); Monsenhor Fernando Barbosa e Pe. José Pereira Coelho (janeiro a agosto de 1906); Pe. Evaristo Firminiano Ribeiro (de agosto de 1906 a 1934) e Pe. José Queiroz (de 1934 a 1935).
Depois Dom Cabral, Arcebispo de Belo Horizonte, resolveu transformar a capela filial de Igaratinga em paróquia criando, através do Decreto 25 de 01.01.1936, a Paróquia de Santo Antônio da Pedra de Igaratinga.
O então capelão, Pe. Augusto Cerdeira, foi provido ao cargo onde permaneceu até 1937, sendo substituído pelo Pe. Paulo Maria dos Santos até 1943.
Seguiram-se os seguintes párocos: Pe. Jésus do Vale Mendonça (1943 a 1944); Pe. Grevi Guimarães de Almeida (de 1944 a 1945); Pe. Waldemar Antônio de Pádua Teixeira (de 1945 a 1946); Pe. José Viegas da Fonseca (1946 até junho deste ano); Pe. Geraldo França (junho de 1946 até 1950); Pe. Francisco de Carvalho Moreira (1950 a 1953); Pe. Israel Miranda Diniz (1953 a 1955) e novamente o Pe. Jésus, tendo como cooperador o Pe. Grevi (1955 a 1956).
De 1956 a 1966, a paróquia foi entregue aos cuidados dos frades franciscanos que, aos poucos, se revezaram: Frei Agostinho Grings (1956 a 1957); Frei Hugo de Potesda e Bruno Goettens (1957 a 1960); Frei Elizeu Tijdink (1960 a 1962); Frei Fernando Stockman (1962 a 1964); Frei Heleno Smits (de 1964 a 1965) e Frei Erasmo Veem (1965 a 1966).
Após esse período, a paróquia voltou novamente aos padres diocesanos,cuja sucessão aconteceu assim: Pe. Agostinho Ferreira Gomes (1966 a 1968); Pe. Antônio Pontelho (1968 a 1970) e Pe. Raul Silva (1970 a 1975). De 1975 até 03.10.89 a paróquia esteve aos cuidados do franciscano Frei Leonardo Lucas Pereira que desenvolveu um trabalho de base, através da formação de grupos, fazendo crescer a fé do povo. De 04.10.1989 até 09.09.1999 Pe. José Alaor Borges trabalhou na cidade e, hoje, o atual vigário é Pe. Adilson Neres Vieira.
A Bandeira do Município
A bandeira do município de Igaratinga foi criada pela Lei Municipal nº 105 de 30.12.1975, na administração do prefeito Galba José Lino. Desde o início da emancipação político-administrativa, Igaratinga sentiu o desejo de vê-la representada com dignidade, ao lado do pavilhão nacional e da bandeira de Minas, retratando o pequeno município, que também é uma célula “viva”, no espaço nacional. Foi por essa razão que o prefeito Galba José Lino, auxiliado pelos funcionários, idealizou e escolheu as cores da bandeira da municipalidade. O azul, para simbolizar que o céu aqui é mais azul, livre da poluição que acinzenta o ar; os raios de luz e a cruz representam a religiosidade do povo; o vaso é uma demonstração da argila, matéria-prima abundante em nosso município; e as nuvens mostram o aspecto do céu no dia da criação da bandeira.
A Serra da Contenda, ponto turístico de Igaratinga onde durante muitos anos uma água poderosa abasteceu a população do município, assim como as plantações de milho, arroz, a cabeça do bovino e a cerâmica representam os fatores econômicos do município. O branco simboliza a paz e a faixa mostra a data da emancipação político-administrativa: 30.12.1962.
Acesso a Igaratinga
O município é servido pelas rodovias MG 050 (confrontando Igaratinga e Carmo do Cajuru, na altura de Pedra Negra de Cima), MG 430 (ligando a BR 262, de Antunes a MG 050 no trevo Karrão, em Carmo do Cajuru, com 6,5 km de asfalto e 18 Km sem asfalto) e a BR 262(confrontando Igaratinga com Pará de Minas e Conceição do Pará).
Já as estradas secundárias municipais são várias, todas elas sem asfalto mas em bom estado de conservação. O Distrito de Antunes tem acesso asfáltico pela MG 430 e o povoado de Limas pelas MG 430 e BR 262.
Distância do município ao distrito e povoados
Antunes (Distrito): 6 km
Limas: 19 km
Buracão: 3 km
Pedra Negra de Baixo: 14 km
Pedra Negra de Cima: 17 km
Várzea da Cachoeira: 8 km
Cachoeira: 10 km
Distância entre as cidades circunvizinhas e a capital
Pará de Minas: 21 km
Divinópolis: 35 km
Itaúna: 25 km
São Gonçalo do Pará: 22 km
Conceição do Pará: 47 km
Carmo do Cajuru: 48 km
Belo Horizonte: 90 km
Cidades confrontantes
Pará de Minas, Itaúna, Carmo do Cajuru, São Gonçalo do Pará e Conceição do Pará
Centros urbanos mais próximos
Pará de Minas, Nova Serrana, Bom Despacho, Divinópolis e Itaúna
Aspectos demográficos (Dados de 2014)
População: 10.114
Eleitores: 6.685
Área de unidade territorial (km²): 218,343
Densidade demográfica (hab/km²): 42,43
Situação geográfica
– Zona Geográfica: Alto São Francisco
– Posição: 19º 55 de latitude sul, 44º 36 de longitude oeste
– Região: Centro Oeste Mineiro (Metalúrgica e Parte das Vertentes)
– Macrorregião: Alto São Francisco
– Microrregião: 186 / Divinópolis / AMVI – Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Itapecerica, com 30 municípios
– Mesorregião: Oeste Mineiro
– Área: 267 km2
– Altitude: 809 m
– Clima: Temperado
– Temperatura: 12º a 30º
– Regime pluviométrico: precipitação média anual: 1.400 mm
– Aspecto Físico: relevo montanhoso
– Topografia: 10% plana, 60% ondulada e 30% montanhosa
– Hidrografia: Rio São João, Ribeirão do Sítio, Ribeirão Mamão, Ribeirão Pedra Negra, Córrego Buriti, Ribeirão dos Mateus, etc
– Orografia: Serra dos Cocos, Serra do Cedro, etc
– Vegetação: Cerrado e Campo
Setor educacional
O município de Igaratinga conta com seis escolas municipais, sendo quatro delas localizadas na zona rural, uma no perímetro urbano e outra no distrito: Escola Municipal José Ferreira de Faria (Limas), Escola Municipal Joaquim da Costa Ribeiro (Várzea da Cachoeira), Escola Municipal Dona Maria Pinto de Mendonça (Igaratinga) e Escola Municipal Padre Adriano Tourinho (Antunes).
Já nos estabelecimentos de ensino da rede estadual são ministradas aulas do ensino fundamental e médio: Escola Estadual José Ataíde de Almeida (Igaratinga) e Escola Estadual Dona Amanda de Pinheiro Senna (Antunes). O município também conta com a Creche Municipal Dona Ana Lucinda de Almeida.
Outros melhoramentos
– Agências bancárias: Bradesco, Credirural e Agência da CEF (Casa Lotérica);
– Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)
– Serviço Integrado de Arrecadação e Tributação (SIAT)
– Posto do Ministério do Trabalho
– Agências dos Correios na sede do município e em Antunes
– Posto do Ipsemg
–Policlínica em Igaratinga
– Sistema de telefonia instalado pela Algar Telecom em Igaratinga, Antunes, Limas e Várzea Cachoeira
– CEMIG
– COPASA
– Consultórios médicos em Antunes e Limas
– Gabinete dentário em Igaratinga
– Laboratório de Análises Clínicas em Antunes e Limas
– Sindicato dos Trabalhadores Rurais
– Transmissores de sinais de TV da Rede Globo, SBT e TVI
– Hotel: 1
– Restaurantes: 2
– Padarias: 4
– Escritórios de Contabilidade: 2 (MMJ e CJM)
– Bibliotecas: 1 pública e 0 escolares
– Praças: 6
Esporte e lazer
Igaratinga conta com vários campos de futebol e dois estádios, que atendem aos desportistas: Estádio Municipal Domingão (Igaratinga), Estádio Municipal Dona Rogelina (Antunes). Já o lazer fica por conta do MEB, em Antunes.
Festas populares
1º de março: aniversário da cidade
13 de junho: Festa de Santo Antônio, padroeiro
28 de outubro: festas dedicadas a São Judas Tadeu, São Vicente e a Cavalgada.
Economia do município
A agropecuária constitui a atividade mais rentável e desenvolvida do município, com predominância para a pecuária de corte e leiteira. Na agricultura destaca-se a produção de mandioca, milho, arroz, feijão e café, enquanto que nos povoados é grande a fabricação caseira de polvilho, queijos e farinha. A Agricultura Familiar também vem crescendo muito, através da plantação de hortaliças que são vendidas na praça diariamente.
A industrialização chegou por volta de 1963, com a implantação de duas cerâmicas, às margens da BR 262, no distrito de Antunes. Hoje, várias cerâmicas se destacam na produção de telhas e tijolos. Há também uma grande produção de muros pré-fabricados e laje, além de fábricas de móveis e um comércio bastante diversificado.
Organizações e entidades existentes no município
– Sociedade de São Vicente de Paula
– Associação dos Moradores do Bairro São Geraldo
– Conselho de Desenvolvimento do Meio Ambiente (CODEMA)
– Conselhos de Desenvolvimento Comunitário de Igaratinga, Antunes, Limas, Cachoeira, Várzea da Cachoeira e Pedra Negra de Baixo
– Grupo de Jovens Força Jovem Unidos a Cristo (FOJUC)
– Associação dos Ceramistas de Igaratinga (ASCIG)